A novela “Ciranda de Pedra” chega a seu último capítulo nesta sexta-feira longe da audiência planejada para o horário, mas como uma das mais bonitas produções de época da Globo. A trama de Alcides Nogueira é o melhor exemplo de que número nem sempre é sinônimo de bom trabalho. “Ciranda de Pedra” reconstruiu brilhantemente São Paulo dos anos 50, em especial o bairro da Vila Mariana, apostou na luz e em cores suaves para embelezar a tela e reservou ótimas interpretações. Daniel Dantas estava perfeito como Natércio, Marcello Antony construiu bem o doutor Daniel e Ana Beatriz Nogueira mais uma vez roubou a cena. Mas, sem dúvida nenhuma, é preciso aplaudir o trabalho de Ana Paula Arósio. A atriz conseguiu viver uma mulher mais velha do que é na vida real e envolveu o telespectador nessa personalidade conflitante. Valeu! Superou as expectativas e calou muita gente que preconceituosamente afirmou que ela não estava preparada para interpretar Laura Prado.
Ciranda de Pedra também colocou um ponto final num esquema da Globo que matou, pelo menos momentaneamente, as tramas de época. Já estava mais do que na hora de variar o horário, porque o medo de errar levou a emissora a perder audiência.
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